VEREDA DOS ANACLETOS
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A comunidade Vereda dos Anacletos
está localizada no município de
Esperantina, a 43(quarenta e três) Km da sede e a 18 (dezoito) km da cidade de
Joaquim Pires na microrregião do Baixo Parnaíba, Território dos Cocais.É uma
comunidade muita rica pois existem
muitas nascentes (Olho dáguas), cacimbas, lagoas riachos e açudes, em algumas
áreas baixa existem solos argilosos, próprio para fabricação de tijolos, telhas
e potes.
.
Breve Histórico
Conforme contam os mais velhos da
localidade, Anacletos foram os primeiros moradores desta área. Eram negros que
sofriam as conseqüências do movimento escravistas, até bem pouco tempo.
As veredas eram cuidados pelos negros, pois
só estes conheciam os detalhes e os trechos perigosos, quando tinham que fugir
dos capitães do mato para se refugiarem naquela aérea de difícil acesso.
Conservavam as macambiras, as pedras e os despenhadeiros como armadilhas na
rota dos ‘’perseguidores’’, enquanto os negros, estes eram treinados para
enveredar por caminhos que só estes dominavam. Daí o nome Vereda dos
Anacletos–família de negros que residiam na área, considerada ‘’terra solta’’,
ou seja, terra sem dono e protegiam outros negros da região quando eram
‘’açoitados’’ pelos os brancos que habitavam na Boa Vista dos Cariocas,
localidade próximo á Vereda dos Anacletos.
A senhora Raimunda Carmosina de
Carvalho, conhecida por dona Dica (82 anos), declara que sua bisavó Maximiana,
que por muitas vezes foi chicoteada pelos capitães do mato na Boa Vista dos
Cariocas. A senhora Maximiana deu a luz
á Gonçala Rosa Lira da Flor,que esta mãe de Carmosina Maria da Conceição que
deu a luz a Raimunda Carmosina de Carvalho( dona dica). Os capitães do mato
eram conhecidos como: Chicão e Frederico que chefiavam as igrejas e faziam
festas para pegar os negros, nos agrupamentos. Dona Dica chegou á Vereda dos
Anacletos em 1944 vindo do Flamengo, localidade do município de Joaquim Pires,
nos limites com o município de Esperantina.
Atualmente a comunidade onta com 22 (vinte e duas) famílias predominantemente negras que registram fatos
que tem contribuído mudanças para algumas famílias, como por exemplo: A partir
de 1994, as famílias se reuniram para a implantação do projeto de criação de
abelhas, iniciando com a participação de 18 ( dezoito) famílias e, atualmente
apenas 8 (oito) famílias estão dando continuidade a esse projeto produtivo.
Como conseqüência os moradores tiveram que investir como iniciativa
própria na melhoria das estradas para
facilitar o escoamento da produção de mel.
Em 1995 á igreja Católica começa a
ter uma atuação mais próxima da comunidade através de projetos sociais, onde os
moradores da comunidade começaram a participar de eventos de capacitações na
área da agricultura familiar, tendo como um dos frutos, a instalação de ROÇAS
ORGÃNICAS (1996), que servem atualmente de referência na região.
Em 1997- 22 de maio – foi criada a
Associação de Produtores da Vereda dos Anacletos .
Em 2002, parte dos moradores da
comunidade entrou na justiça com uma ação de posse da terra, nesta oportunidade
passaram por ameaças de despejo que depois de muita luta e com o apoio da
Diocese de Parnaíba e outras entidades foi financiado o recurso para aquisição das terras. As
despesas foram divididas entre as 16 (dezesseis) famílias interessadas que se
encontravam efetuando pagamento anual. A comunidade tem como Padroeiros, Santa
Ana e São Joaquim que é festejado pelas famílias no mês de julho. Ana e Joaquim eram um casal
de negros dos mais antigos, considerados raízes dos Anacletos. Diante disto, a
comunidade resolveu adotar Santa Ana e São Joaquim como Padroeiro da
comunidade. Comunidade que tem como representantes e articuladores o senhor Rodrigues
e senhor Carlinho.
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